domingo, 29 de março de 2009

Tocando em Frente

A gente escolhe cada coisa prá vida e depois não sabe o que fazer
Dizem que saudade é amor que fica
Acho que saudade é sempre do amor que se foi
E a gente acreditou que não iria
E a gente escolhe acreditar em cada coisa
E depois põe a culpa na esperança
Que se foi dar uma voltaaaaaaaaa também
Mas se a culpa pela escolha é minha...
eu posso colocar onde eu quiser
E falo "a gente"
...por que já basta a solidão do que se foi...

segunda-feira, 23 de março de 2009

Contaram isso prá vc?


Fizeram a gente acreditar que amor mesmo, amor pra valer, só acontece uma vez, geralmente antes dos 30 anos.

Não contaram pra nós que amor não é acionado, nem chega com hora marcada.

Fizeram a gente acreditar que cada um de nós é a metade de uma laranja, e que a vida só ganha sentido quando encontramos a outra metade.

Não contaram que já nascemos inteiros, que ninguém em nossa vida merece carregar nas costas a responsabilidade de completar o que nos falta: a gente cresce através da gente mesmo. Se estivermos em boa companhia, é só mais agradável.

Fizeram a gente acreditar numa fórmula chamada "dois em um": duas pessoas pensando igual, agindo igual, que era isso que funcionava.

Não nos contaram que isso tem nome: anulação. Que só sendo indivíduos com personalidade própria é que poderemos ter uma relação saudável.

Fizeram a gente acreditar que casamento é obrigatório e que desejos fora de hora devem ser reprimidos.

Fizeram a gente acreditar que os bonitos e magros são mais amados, que os que transam pouco são caretas, que os que transam muito não são confiáveis, e que sempre haverá um chinelo velho para um pé torto.

Só não disseram que existe muito mais cabeça torta do que pé torto.

Fizeram a gente acreditar que só há uma fórmula de ser feliz, a mesma para todos, e os que escapam dela estão condenados à marginalidade.

Não nos contaram que estas fórmulas dão errado, frustram as pessoas, são alienantes, e que podemos tentar outras alternativas.

Ah, também não contaram que ninguém vai contar isso tudo pra gente.

Cada um vai ter que descobrir sozinho.

E aí, quando você estiver muito apaixonado por você mesmo, vai poder ser muito feliz e se apaixonar por alguém"


( John Lennon )




Vi isso no perfil do meu amigo Gustavo Leal, e merecia ser reproduzido!

Tinha que ser John Lennon!



Agora se quiser rir veja: http://facasermelhor.blogspot.com/


Vale à pena!






domingo, 22 de março de 2009

Você sabe quando vai morrer? Agora eu sei!


Bem, depois de alguns dias sumida, voltei!

Muito trabalho!

Dando uma relaxada acabei de dar de cara com o Podrido.

Ele te dá como vai morrer e quando! O mais engraçado são as formas

Gente dei muita risada!

Segundo o site só vou continuar postando por aqui até 2010! Tá perto né rsrsrsrsrsrs


domingo, 8 de março de 2009

MULHERES POSSÍVEIS...




'Eu não sirvo de exemplo para nada, mas, se você quer saber se isso é possível, me ofereço como piloto de testes.
Sou a Miss Imperfeita, muito prazer.
Uma imperfeita que faz tudo o que precisa fazer, como boa profissional, mãe e mulher que também sou: trabalho todos os dias, ganho minha grana, vou ao supermercado três vezes por semana, decido o cardápio das refeições, levo os filhos no colégio e busco, almoço com eles, estudo com eles, telefono para minha mãe todas as noites, procuro minhas amigas, namoro, viajo, vou ao cinema, pago minhas contas, respondo a toneladas de e-mails, faço revisões no dentista, mamografia, caminho meia hora diariamente, compro flores para casa, providencio os consertos domésticos, participo de eventos e reuniões ligados à minha profissão e ainda faço escova toda semana - e as unhas!
E, entre uma coisa e outra, leio livros.
Portanto, sou ocupada, mas não uma workaholic.
Por mais disciplinada e responsável que eu seja, aprendi duas coisinhas que operam milagres.
Primeiro: a dizer NÃO.
Segundo: a não sentir um pingo de culpa por dizer NÃO.
Culpa por nada, aliás.
Existe a Coca Zero, o Fome Zero, o Recruta Zero. Pois inclua na sua lista a Culpa Zero.
Quando você nasceu, nenhum profeta adentrou a sala da maternidade e lhe apontou o dedo dizendo que a partir daquele momento você seria modelo para os outros.
Seu pai e sua mãe, acredite, não tiveram essa expectativa: tudo o que desejaram é que você não chorasse muito durante as madrugadas e mamasse direitinho.
Você não é Nossa Senhora.
Você é, humildemente, uma mulher.
E, se não aprender a delegar, a priorizar e a se divertir, bye-bye vida interessante.
Porque vida interessante não é ter a agenda lotada, não é ser sempre politicamente correta, não é topar qualquer projeto por dinheiro, não é atender a todos e criar para si a falsa impressão de ser indispensável.
É ter tempo.
Tempo para fazer nada.
Tempo para fazer tudo.
Tempo para dançar sozinha na sala.
Tempo para bisbilhotar uma loja de discos.
Tempo para sumir dois dias com seu amor.
Três dias.
Cinco dias!
Tempo para uma massagem.
Tempo para ver a novela.
Tempo para receber aquela sua amiga que é consultora de produtos de beleza.
Tempo para fazer um trabalho voluntário.
Tempo para procurar um abajur novo para seu quarto.
Tempo para conhecer outras pessoas.
Voltar a estudar.
Para engravidar.
Tempo para escrever um livro que você nem sabe se um dia será editado.
Tempo, principalmente, para descobrir que você pode ser perfeitamente
organizada e profissional sem deixar de existir.
Porque nossa existência não é contabilizada por um relógio de ponto ou pela quantidade de memorandos virtuais que atolam nossa caixa postal.
Existir, a que será que se destina? Destina-se a ter o tempo a favor, e não contra.
A mulher moderna anda muito antiga. Acredita que se não for super, se não for mega, se não for uma executiva ISO 9000, não será bem avaliada.
Está tentando provar não-sei-o-quê para não-sei-quem.
Precisa respeitar o mosaico de si mesma; privilegiar cada pedacinho de si.
Se o trabalho é um pedação de sua vida, ótimo! Nada é mais elegante, charmoso e inteligente do que ser independente. Mulher que se sustenta fica muito mais sexy e muito mais livre para ir e vir. Desde que lembre de separar alguns bons momentos da semana para usufruir essa independência, senão é escravidão, a mesma que nos mantinha trancafiadas em casa, espiando a vida pela janela.
Desacelerar tem um custo.
Talvez seja preciso esquecer a bolsa Prada, o hotel decorado pelo Philippe Starck e o batom da M.A.C..
Mas, se você precisa vender a alma ao diabo para ter tudo isso, francamente, está precisando rever seus valores.
E descobrir que uma bolsa de palha, uma pousadinha rústica à beira-mar e o rosto lavado (ok, esqueça o rosto lavado) podem ser prazeres cinco estrelas e nos dar uma nova perspectiva sobre o que é, afinal, uma vida interessante'.

Martha Medeiros - Jornalista e escritora


Com carinho

Eu

sábado, 7 de março de 2009

Santíssima Hipocrisia, eu ME excomungo!

Acho bonito gente que usa cinto de segurança, gente que desliga o celular no cinema, gente que respeita o espaço alheio.
Acho sexy mulher que ganha seu próprio dinheiro, admiro homem que trabalha duro, que estaciona o carro, mesmo longe, pra pegar os filhos na escola.
Tenho quase tesão por gente que cobra nota fiscal na loja, por gente que pede desculpas no trânsito, por gente que dá bom dia pro porteiro.
Chego a esboçar leves sorrisos quando vejo alguém ajudando os outros, devolvendo o que não é seu, tratando chefes sem bajulação, apagando o cigarro na presença de crianças.Minha rejeição não é ao pecado, mas ao pecador. Não sou Deus, tenho a liberdade de ser e fazer o contrário dEle.
Ele ama o pecador, não o pecado.
Eu sou o inverso.
Aceito o pecado, mas detesto o pecador.
Detesto quem rouba, quem xinga, quem falta com o respeito.
Acho brega gente que mente, acho cafona e subdesenvolvida gente que puxa saco, gente que desvia dinheiro público, gente que recebe sem trabalhar, gente que maltrata bichos, gente que emprega parente, gente que anda pelo acostamento e gente que fura fila.
Pra mim, falar alto ao telefone num restaurante é tão deseducado quanto arrotar em frente à rainha.
Pra mim, receber troco a mais e não dizer nada é o mesmo que soltar um sonoro flato num elevador lotado.
Pra mim, estacionar em vaga de deficiente no shopping é o mesmo que limpar meleca debaixo da mesa do escritório: espírito de porco.Sim, porque no fim meus princípios agem mais como receptores do que como transmissores. Sinto atração por gente simpática, por gente honesta, por gente elegante.
Por isso e por um punhado de outras coisas tenho poucos e valiosos amigos, gente que tem endereço fixo, conta bancária modesta, ficha limpa na polícia, crédito livre na taberna.Não há nada mais atraente do que gente humilde, gente honesta, gente trabalhadora, gente educada, gente asseada, gente elegante, gente bacana.Que me perdoem os mentirosos e os espíritos de porco.Honestidade é fundamental.

...pingo é letra! ok?

ah, só para não esquecer:
Santíssima Hipocrisia, eu ME excomungo!

Sei que não dá para mudar o começo mas, se a gente quiser, vai dar para mudar o final!


Meu coração está aos pulos!
Quantas vezes minha esperança será posta à prova?

Por quantas provas terá ela que passar? Tudo isso que está aí no ar, malas, cuecas que voam entupidas de dinheiro, do meu, do nosso dinheiro que reservamos duramente para educar os meninos mais pobres que nós, para cuidar gratuitamente da saúde deles e dos seus pais, esse dinheiro viaja na bagagem da impunidade e eu não posso mais.
Quantas vezes, meu amigo, meu rapaz, minha confiança vai ser posta à prova?
Quantas vezes minha esperança vai esperar no cais?
É certo que tempos difíceis existem para aperfeiçoar o aprendiz, mas não é certo que a mentira dos maus brasileiros venha quebrar no nosso nariz.
Meu coração está no escuro, a luz é simples, regada ao conselho simples de meu pai, minha mãe, minha avó e os justos que os precederam: "Não roubarás", "Devolva o lápis do coleguinha", "Esse apontador não é seu, minha filha". Ao invés disso, tanta coisa nojenta e torpe tenho tido que escutar.
Até habeas corpus preventivo, coisa da qual nunca tinha visto falar e sobre a qual minha pobre lógica ainda insiste: esse é o tipo de benefício que só ao culpado interessará. Pois bem, se mexeram comigo, com a velha e fiel fé do meu povo sofrido, então agora eu vou sacanear: mais honesta ainda vou ficar.
Só de sacanagem! Dirão: "Deixa de ser boba, desde Cabral que aqui todo mundo rouba" e vou dizer: "Não importa, será esse o meu carnaval, vou confiar mais e outra vez. Eu, meu irmão, meu filho e meus amigos, vamos pagar limpo a quem a gente deve e receber limpo do nosso freguês. Com o tempo a gente consegue ser livre, ético e o escambau."
Dirão: "É inútil, todo o mundo aqui é corrupto, desde o primeiro homem que veio de Portugal". Eu direi: Não admito, minha esperança é imortal. Eu repito, ouviram? Imortal!

Sei que não dá para mudar o começo mas, se a gente quiser, vai dar para mudar o final!